CAVG pode ter novo pleito em março
Derrotado na tentativa de reeleição, atual diretor do Campus entra com recurso pedindo anulação do resultado obtido nas urnas
Por: Leonardo Crizel
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Por causa do "sumiço" de dois votos, todo o processo eleitoral do Campus Pelotas-Visconde da Graça (CAVG) do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IF-Sul) pode ser cancelado. Intrigado com a diferença entre o número de cédulas apuradas e a quantidade de assinaturas na lista de presença nas urnas, o candidato derrotado e atual diretor do campus, Ricardo Sainz, entrou com recurso interno pedindo a anulação do pleito realizado em novembro do ano passado. Agora a solicitação vai ser analisada pelo Conselho Superior da instituição e, vingando, vai acarretar em uma nova disputa.
A reunião do grupo formado por pró-reitores, diretores, professores, servidores e estudantes de todas as unidades do IF-Sul está prevista para acontecer ainda este mês (após o recesso) e a reprise da eleição ficaria para março. Refazer tudo (inevitavelmente) atrasaria o processo de sucessão, mas "democracia é assim", pontua o presidente da Comissão Eleitoral (COE), Ricardo Carrilho. "Todas as partes podem recorrer, até esgotarem os recursos previstos no regulamento", explica ele.
Até por conta disso, o candidato vitorioso, Álvaro Luiz Nebel, também poderá contrariar uma decisão favorável ao oponente e ele promete fazer exatamente isto, por sinal. O professor até reconhece que os dois votos poderiam mudar o resultado das urnas, tamanho foi o equilíbrio da eleição (31,44% contra 30,92%). Mas garante ter provas de que não há mistério em torno das cédulas desaparecidas e, além disso, ao menos uma delas estava preenchida com o nome dele.
O que diz Nebel
De acordo com a teoria de Nebel, um servidor recebeu a cédula de aluno (de cor branca) e outro se enganou e depositou o voto na urna errada, onde estavam as indicações para reitor. "Esse voto, inclusive, apareceu na contagem e estava para mim. Mas, estranhamente, depois ele sumiu de cima da mesa", instiga o virtual futuro diretor, alegando ter testemunhas para corroborar todas estas afirmações.
Por outro lado, ele também se mostra disposto a concorrer novamente. "Estamos confiante num desfecho positivo dessa história, mas vamos respeitar o posicionamento jurídico e administrativo da instituição." Já o autor do recurso e atual diretor do CAVG, Ricardo Sainz, não foi encontrado para se pronunciar sobre o assunto.
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