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| Aqui desembarcaram quatro pesquisadores presentes no incêndio |
O avião da Força Aérea Brasileira (FAB), C-130 Hércules, aterrissou em Pelotas na noite deste domingo (26). Aqui desembarcaram quatro pesquisadores presentes no incêndio que destruiu cerca de 70% das instalações da Estação Comandante Ferraz, na Antártica, no último sábado.
A viagem prosseguirá rumo ao Galeão, no Rio de Janeiro, com outros 41 tripulantes, entre eles funcionários do Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro, um alpinista e representantes do Ministério do Meio Ambiente.
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No Aeroporto Internacional de Pelotas o clima era de expectativa. Por volta das 20h30min os curiosos começaram a chegar ao local para acompanhar o desembarque dos sobreviventes. Pouco depois das 21h o avião da FAB aterrissou e os pesquisadores desceram. Braços cruzados, semblante fechado.
César Rodrigo dos Santos,36, biólogo pela Unisinos e a mulher, Gabriela Werle, ambos da cidade de São Leopoldo foram os primeiros. “Eu fui o primeiro que viu quando tudo começou. Entramos rápido para chamar o grupo, mas o fogo estava tão alto que não teve o que fazer”, conta Santos ao falar do momento do acidente. Eles perderam tudo, só restaram a câmera fotográfica que estava em mãos e o notebook. Só souberam da morte dos colegas militares quando ouviram comentários. A convivência entre eles era constante, trocavam experiências diariamente. Segundo ele, as perdas científicas foram inestimáveis, pois os dados coletados neste ano, agora estão incompletos.
Erli Costa, 33, foi outra sobrevivente. Gaúcha, ela mora há 7 anos no Rio de Janeiro com o marido que conheceu em uma de suas visitas à Antártida. “Escutei o barulho do pessoal falando, achei que era brincadeira. Mas não era”, conta Erli. A quarta pesquisadora que desembarcou no aeroporto de Pelotas foi Aparecida Basler, 35 anos.
O Contra Almirante e secretário da CIRM e gerente do pró antar, Marcos José, desceu da aeronave e prestou depoimento à imprensa. Segundo ele, o militar ferido está bem, mas teve queimaduras nas mãos. No avião estavam 30 pesquisadores e 12 servidores da Marinha. Todos estavam presente na hora do ocorrido. Ele fez questão de salientar que, em breve, a estação será reconstruída e de forma melhor do que antes. Os corpos, segundo o almirante, devem regressar ao Brasil na terça-feira, mas tudo depende da meteorologia.
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