Saúde mental
Idosos com comprometimento cognitivo que bebiam ao menos três xícaras de café ao dia não desenvolveram a doença em um período de quatro anos
Consumir cafeína pode ajudar a reduzir as chances de idosos com comprometimento cognitivo leve desenvolverem doença de Alzheimer, de acordo com uma pesquisa feita nas universidades do Sul da Flórida e de Miami, nos Estados Unidos. Os resultados, que foram publicados nesta terça-feira no periódico Journal of Alzheimer’s Disease, mostraram que nenhum dos participantes do estudo que beberam ao menos três xícaras de café ao dia foi acometido pela doença durante o período da pesquisa.
“Essas conclusões são intrigantes e sugerem que idosos que consomem mais cafeína não desenvolvem a doença de Alzheimer ou apresentam a demência com um atraso substancial”, diz o neurocientista e coordenador do estudo, Chuanhai Cao. O pesquisador explica que esse efeito protetor da cafeína mostrou-se eficaz especialmente em indivíduos mais velhos e com comprometimento cognitivo leve, que não é uma demência, mas já é um quadro de diminuição da capacidade mental. De acordo com o artigo, 15% das pessoas com esse comprometimento acabam desenvolvendo a doença de Alzheimer.
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