Por: Anna Fernandes
“A gente sabe que toda mudança gera insegurança.
Alguns de vocês passaram por isso há 15 anos, quando tiraram os camelôs
do entorno do Mercado Central. Foi uma enorme confusão, um trauma, e
hoje vocês não querem que mude nada.”
Assim, o prefeito de Pelotas,
Fetter Júnior (PP) iniciou a reunião com os ocupantes do camelódromo na
segunda-feira (4) à noite no auditório do Colégio Municipal Pelotense.
Representantes das 400 bancas foram convidados pela prefeitura a
conhecer o projeto do Shopping Popular de Pelotas a ser executado pelo
consórcio vencedor da licitação no início do ano formado pelas empresas
Verdi e Cádiz.
Como tem ocorrido quando a conversa trata de mudanças no camelódromo de
Pelotas, antes da apresentação um princípio de tumulto precisou ser
contornado. O presidente da Associação dos Camelôs, José Carlos Tavares
Ávila, conhecido como Paulista, pediu que todos se retirassem porque
estaria sendo proibida a entrada do representante jurídico da entidade. O
prefeito informou que não existiria problema nenhum na participação do
advogado e ressaltou que o encontro era para estabelecer o diálogo.
“Sabemos que o ambiente é tenso e ninguém está aqui para ferrar ninguém.
Estamos aqui para conversar como adultos. É um processo para construir
algo para Pelotas e para vocês. Mas no grito vocês não vão levar”, disse
Fetter às pessoas que se dirigiam à saída.
O projeto
O secretário-executivo da Unidade Gerenciadora de Projetos (UGP), Jair
Seidel, apresentou o projeto de construção do prédio do Shopping Popular
de Pelotas com cerca de 4,5 mil metros quadrados e do estacionamento
com área em torno de 3,5 mil metros quadrados a ser instalado ao lado da
praça Cipriano Barcelos, onde está situado o atual camelódromo.
“Estamos propondo um projeto para qualificar o comércio popular com um
local mais adequado para os comerciantes populares fazerem negócios,
aumentarem a renda e atrair novos clientes”, destacou.
Na edição impressa do Diário Popular desta terça-feira (5) você
confere detalhes do projeto, como vai se dar a ocupação do local, o
porquê dos camelôs serem contrários à Parceria Público-privada e o
cronograma de reuniões que vão tratar sobre o assunto.
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