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quarta-feira, 13 de junho de 2012

UFPEL ESCLARECE COMPRA DO EX-FRIGORÍFICO ANGLO


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
GABINETE DO REITOR 
Com relação à matéria publicada na Zero Hora nos dias 7 e 8 do corrente sobre a aquisição de área contígua ao novo Campus Porto (ex-frigorífico Anglo) e as manifestações do Sr. Max Palombo sobre o assunto, presto a seguir os esclarecimentos necessários para a compreensão do empreendimento ousado e complexo, que veio transformar para sempre a educação superior de Pelotas, redimensionando também a utilização de uma região há muito estagnada.  Não menos importante é o momento eleitoral pelo qual passa a universidade para a escolha do próximo reitor e a lamentável utilização da reportagem acima referida por alguns como instrumento eleitoreiro, na trilha da boataria e do denuncismo, quando procuram preencher o vazio de seus discursos ou propostas.
Os fatos, em ordem sequencial de suas ocorrências, são os seguintes:
1) A extensa área que no passado serviu ao Frigorifico Anglo, constituiu a massa falida em 2005 registrada na 1ª. Vara Cível de Pelotas (processo nº 022/1.05.0000140-6  cujo valor da ação era  R$ 1.757.760,88  (um milhão setecentos e cinquenta e sete mil setecentos e sessenta reais e oitenta e oito centavos) em 13 de dezembro de 2005.
2) Em 2005 a área foi arrematada, através de leilão judicial, por R$ 700.000,00 reais (setecentos mil reais)  pela Fundação Simon Bolívar com recursos obtidos em empréstimo no Banco Santander. Portanto, a aquisição do imóvel não foi realizada com recursos oriundos dos cofres públicos.
3)  Em 6 de março de 2006 o imóvel foi avaliado pela Prefeitura Municipal de Pelotas em R$ 3.052.085,59 (três milhões cinquenta e dois mil oitenta e cinco reais e cinquenta e nove centavos), conforme escritura pública registrada no 3º Tabelionato de Notas de Pelotas, livro nº166-B, folha 090.
4) Em 26 de abril de 2006 a Fundação Simon Bolívar doou à UFPEL uma fração de  64,56% de uma das áreas que pertencia ao ex-Frigorífico. Na área doada foram edificadas a reitoria e bloco acadêmico, onde funcionam atualmente cursos noturnos e diurnos de Enfermagem, Nutrição, Gastronomia, Administração, Turismo, Engenharia da Computação, Engenharia Eletrônica, Terapia Ocupacional, Letras, Jornalismo, entre outros.
5) Desde 2005 até hoje a UFPEL experimentou extraordinária expansão com a criação de novos cursos, passando de 7.800 para 22.000 alunos que frequentam cursos na modalidade presencial e a distância. Para atender esta expansão foi decidido adquirir a área contigua ao campus Porto.
6 ) Para tanto, foi promovida licitação (pregão eletrônico) para que a empresa habilitada procedesse a avaliação da área a ser adquirida. A empresa vencedora foi a Andrade Lopes – Engenharia & Consultoria, localizada na cidade de Porto Alegre, à Rua Jerônimo Coelho, 85 conjunto 903, Centro, CEP 90010-241, site http://www.andradelopes.com.br/index.htm). A área contigua ao campus foi avaliada em R$ 12.355.230,60 (doze milhões trezentos e cinquenta e cinco mil duzentos e trinta reais e sessenta centavos).
7) Em 29 de novembro de 2011, o MEC disponibilizou orçamento no valor de R$ 7.481.000,00 (sete milhões quatrocentos e oitenta e um mil reais) para a aquisição do imóvel.
8) Em 15 de março de 2012 foi concretizada a compra, sendo repassado o valor de 7.481.000,00 (sete milhões quatrocentos e oitenta e um mil reais) para a Fundação Simon Bolívar, que imediatamente procedeu  a escritura do imóvel para a UFPEL.
9) Contudo, em 28 de março de 2012, acolhendo nova orientação do MEC, que manifestou discordância acerca da forma de aquisição, solicitou-se o temporário desfazimento do negócio.

10) A comunicação à Fundação Simon Bolívar, realizada através do Ofício SG/UFPEL nº 090/2012, obteve pronta resposta de seus dirigentes, e foi devolvido o valor  de R$ 2.800.000,00 (dois milhões e oitocentos mil reais), acolhendo a determinação do MEC.
11) Jamais houve o repasse de R$ 12.355.230,60 do MEC para a UFPEL, sendo esse valor corresponde à avaliação realizada pela empresa de engenharia. O valor efetivamente repassado pelo MEC constituiu-se de R$ 7.481.000,00, que foi o valor pago à Fundação no momento da aquisição do imóvel.
Em resumo:
     Valores da avaliação do imóvel: ......................... R$ 12.355.230,60
     Valores repassados pelo MEC para aquisição:   R$   7.481.000,00
     Valores transferidos para a FSB:........................ R$   7.481.000,00
     Valores devolvidos pela FSB à UFPEL: ............. R$   2.800.000,00
     Valores retidos na FSB....................................... R$   4.681.000,00
Tanto o crédito orçamentário quanto os recursos financeiros foram executados na conta única da UFPEL no Banco do Brasil UG 154047 e Gestão 15264 no Sistema SIAFI , também disponibilizados no Portal da Transparência.
12) Todos os procedimentos dessa negociação protocolados em autos administrativos (Processo nº 23110.010356/2011-71) entregues na íntegra ao Ministério Público Federal em 20 de março de 2012. Entretanto, apenas fragmentos do mesmo foram levados à publicidade pela mídia envolvida, gerando dúvida na comunidade acadêmica e na sociedade em geral, parecendo atender muito mais ao propósito de macular a reputação do Reitor que a servir ao direito à informação e ao esclarecimento das pessoas. 
13) Tomando por base as notícias veiculadas pelo jornal Zero Hora, assim como entrevistas concedidas pelo Sr. Max Palombo a veículos de comunicação depreende-se que o signatário, na condição de reitor da UFPEL, participou das pretensas negociatas de compra e venda de imóveis. A imagem que resta repassada à sociedade é a de que o dirigente universitário age ilegalmente, lesando o erário, identificando-se como alguém que enriqueceu ilicitamente.
Para poder defender-me no calor desses desgastes, que não fortuitamente me encontram em meio às eleições que conduzirão ao cargo que ora ocupo outro ilustre professor, e que espero seja o que possa dar continuidade aos progressos extraordinários proporcionados pela nossa Administração com apoio do Governo Federal, requeri ao Ministério Público Federal, através do Oficio SG/UFPELnº 183/2012,  que obre com absoluta urgência na apuração desses fatos, resultantes de obras das quais muito me orgulho.

Pelotas, 12 de junho de 2012

Prof. Antonio Cesar Gonçalves Borges
Reitor



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