Um pouco sobre o livro ' A Arte da Guerra ' - SunTzu
Compulsando-se a variedade de versões existentes, observa-se que o texto tornou-se um palimpsesto que, dois milênios depois, ainda conserva seu fulcro original e sua dicção aforismática e oracular.
Embora as táticas bélicas tenham mudado desde a época de Sun Tzu, esse tratado teria influenciado, segundo a Enciclopédia Britânica, certos estrategistas modernos como Mao Tsé-tung, em sua luta contra os japoneses e os chineses nacionalistas.
Hoje, o livro parece destinado a secundar outra guerra: a das empresas no mundo dos negócios. Assim, o livro migrou das estantes do estrategista para as do economista e do administrador.
Qual é a originalidade, desse que é o mais antigo tratado de guerra? É que é melhor ganhar a guerra antes mesmo de desembainhar a espada. O inimigo não deve ser aniquilado, mas, de preferência, deve ser vencido quando seus domínios ainda estiverem intatos. Muitas vezes, a vitória arduamente conquistada guarda um sabor amargo de derrota, mesmo para os próprios vencedores.
Com seu caráter sentencioso, Sun Tzu forja a figura de um general super homem cujas qualidades são o segredo, a dissimulação, a astúcia e a surpresa. Esse general deve evitar cinco defeitos básicos: a precipitação, a hesitação, a irascibilidade, a preocupação com as aparências e a excessiva complacência. Para vencer, deve conhecer perfeitamente a terra (a geografia, o terreno) e os homens (tanto a si mesmo quanto o inimigo). O resto é uma questão de cálculo. Eis a arte da guerra.
Em tempos de guerras generalizadas e sub-reptícias como os que vivemos (da guerra dos sexos à das empresas), vale a lição do livro: a primeira batalha que devemos travar é com nós mesmos.
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