Novo encontro foi marcado para o dia 18, com indicativo de paralisação
Apesar de rejeitar a segunda oferta de reajuste do governo federal, os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) decidiram não entrar em greve no Rio Grande do Sul. Durante uma assembleia geral, encerrada perto das 22h desta terça-feira, em Porto Alegre, os servidores mantiveram o estado de greve e marcaram um outro encontro para o dia 18, com indicativo de paralisação. Assembleias semelhantes foram realizadas em mais 15 Estados.
Embora o calendário de mobilização da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) tenha apontado para o início de uma paralisação nacional por tempo indeterminado já a partir desta terça, a projeção foi diferente. A entidade, durante a tarde, resolveu adirar a decisão.
Os trabalhadores dos Correios, exigem reposição salarial de 43,7% (33,7% de perdas históricas, mais 10% de reposição da inflação e aumento real), enquanto o governo oferece 5,2% (índice ampliado em relação à proposta original, de 3%). Hoje, o salário-base inicial de carteiros, atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo é de R$ 942.
A categoria ainda exige a contratação imediata de 30 mil servidores para repor os cargos vagos, fim das terceirizações, da sobrecarga de trabalho e do processo de privatização da empresa pública. Em 2011, os servidores dos Correios pararam por 28 dias, entre setembro e outubro. Houve desconto salarial de sete dias parados; os demais 21 dias foram compensados aos sábados e domingos.
Empresa promete cortar ponto
Em nota, os Correios ameaçaram com desconto salarial os trabalhadores que aderirem à greve. "Devemos ser responsáveis. O Brasil confia em nós. A proposta da empresa é melhor do que qualquer outra que venha a ocorrer no Tribunal Superior do Trabalho e uma paralisação será prejudicial a todos. Haverá perdas para a ECT, transtornos para a população e prejuízo para o trabalhador, que terá os dias parados descontados do pagamento", adverte a empresa.
Os Correios ainda garantem ter um "plano de contingência" com medidas para garantir a prestação de serviços à população em caso de greve. As medidas, conforme a direção dos Correios, preveem a contratação de trabalhadores temporários, a realocação de empregados das áreas administrativas e a realização de horas extras e de mutirões para triagem e entrega de cartas e encomendas nos finais de semana.
(Com informações da Agência Brasil)
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