Ana D'Angelo - Correio Braziliense
Bárbara Nascimento
Ficou só na ameaça. O governo vai depositar, nesta quarta-feira (12/9), na conta de 8.932 servidores do Executivo que fizeram greve, 50% do salário descontado pelos dias parados entre 15 de julho e 15 de agosto. A devolução dessa primeira parcela deverá custar aos cofres públicos R$13,3 milhões. O governo havia alertado em diversas ocasiões que não negociaria os pontos cortados, usando, assim, uma das poucas armas que possui para evitar prejuízos com as paralisações. Mais tarde, concordou em negociar o pagamento desde que houvesse reposição dos dias parados.
Agora, até mesmo a obrigação de compensar o trabalho foi atenuada. Os outros 50% serão creditado na conta dos servidores tão logo as entidades sindicais apresentem o cronograma de reposição.
m 2010, o então presidente Luís Inácio Lula da Silva criticou a devolução do desconto. “Greve é guerra, não férias”, disse ele na ocasião e arrematou: “Eu fazia assembleia com 100 mil trabalhadores e nunca aceitei que se recebessem os dias parados”. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou legal o corte do ponto dos grevistas.
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