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sábado, 15 de setembro de 2012

Conheça o 'chip' do tesão


Primeira eliminada da quarta edição do reality show “A Fazenda”, a modelo Renata Banhara contou um segredinho que surpreendeu os colegas de confinamento. Ela revelou que colocou um “chip” no corpo para recuperar a libido. O tal dispositivo é na verdade um implante hormonal de testosterona, recurso usado por ginecologistas para reavivar o apetite sexual de algumas mulheres.

A testosterona é o principal hormônio produzido pelo corpo do homem, responsável pelo desenvolvimento e manutenção das características masculinas. Presente no organismo feminino em menor quantidade, a substância contribui para o apetite sexual da mulher.

Ginecologista renomado no tratamento da sexualidade feminina e adepto dos implantes hormonais, o médico Malcolm Montgomery explica como o tal “chip do tesão” funciona. Implantado embaixo da pele, o tubinho de silicone libera entre 0,3 e 0,6 miligramas da substância no organismo a cada 24 horas. “Esses implantes são usados há 30 anos. Com o passar do tempo, eles foram se modernizando e ficando tecnicamente mais confiáveis”, conta. Ainda de acordo com o ginecologista, a vantagem dos implantes em relação à medicação via oral é o fato da testosterona não ter que passar pelo fígado, onde obrigatoriamente parte dela ficaria retida, exigindo assim uma quantidade maior da substância.

A reposição da testosterona está longe de ser a solução para todos os problemas sexuais das mulheres. Carolina Carvalho Ambrogini, ginecologista da Universidade Federal de São Paulo, explica que nem sempre a questão é hormonal. “Muitas vezes o que está envolvido é um relacionamento desgastado. Não adianta você dar hormônio se o relacionamento não está bom”, analisa a especialista.

Malcolm conta que apenas 30% das mulheres que se queixam de falta de apetite sexual apresentam algum desequilíbrio hormonal, como a baixa produção de testosterona. Em média, 30% das mulheres sentem pouco ou nenhum desejo por questões de saúde, como depressão e insuficiências renal e cardíaca, outros 30% sofrem com problemas sócio-psicológicos, relacionados a traumas e valores religiosos, e 10% têm causas desconhecidas.

Dessa forma, antes de iniciar qualquer tratamento, é preciso descobrir os fatores envolvidos na queda da libido, inclusive em mulheres jovens como Renata, de 36 anos. “A sexualidade humana depende de interações complexas entre processos mentais, mecanismos neurofisiológicos, bioquímicos e as relações interpessoais. Alterações em alguns destes setores levam à diminuição do desejo na mulher”, aponta a Angela Maggio da Fonseca, ginecologista e professora associada da Universidade de São Paulo.

Também faz sentido levar em conta as expectativas da paciente. Dar ouvidos a histórias incríveis (e muitas vezes fantasiosas) pode levar uma mulher saudável – com altos e baixos normais da atividade sexual – ao consultório médico. Renata, por exemplo, estava cansada de se sentir diferente: “No meu meio as minhas amigas chegam e falam: ‘eu sou irada, dou pirueta no teto, giro no lustre’. Daí eu fico olhando com uma cara… Às vezes eu sou assim, mas às vezes não. Às vezes fico meio broxa”.


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