Bolívia quer entrar no Mercosul sem deixar Comunidade Andina
Evo Morales |
Ruptura com a Comunidade Andina de Nações poderia provocar prejuízos à economia
La Paz - A Bolívia pretende entrar para o Mercosul sem renunciar à Comunidade Andina de Nações (CAN), da qual faz parte desde sua fundação há mais de quatro décadas, disse nesta terça-feira a autoridade responsável pela negociação de convênios comerciais.
A incorporação da Bolívia ao Mercosul era quase que certa em La Paz, desde que o presidente boliviano, Evo Morales, disse na semana passada que aceitava um convite oficial para que seu país se convertesse em membro pleno do grupo, ao qual está ligado atualmente como associado.
Mas após um entusiasmo inicial surgiram advertências de empresários e analistas sobre os prejuízos que a economia boliviana poderia sofrer no caso de uma ruptura com a CAN, integrada também por Colômbia, Equador e Peru e à qual envia quase todas as suas exportações agrícolas.
"O convite para pertencer ao Mercosul ... não é um convite para nos retirarmos da CAN, é um convite para pertencer aos dois. É preciso entender isso, porque esses são os termos sob os quais fomos convidados", disse em entrevista coletiva o vice-ministro de Comércio Exterior, Pablo Guzmán.
Ele lidera a equipe da chancelaria boliviana que desde a semana passada negocia rapidamente os acordos de ingresso da Bolívia ao Mercosul, que serão revisados e eventualmente assinados durante uma cúpula do grupo prevista para 6 e 7 de dezembro no Brasil.
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