Nesta terça, o tribunal explicou ter solicitado cópia do inquérito à Polícia Federal para subsidiar a investigação
O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio, pediu nesta terça-feira (27) a abertura de sindicância para apurar suposto envolvimento de servidores no esquema de venda de pareceres técnicos em favor de empresas, caso investigado pela operação Porto Seguro da Polícia Federal (PF). Conforme reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, o ex-auditor da Corte Cyonil da Cunha Borges de Faria Júnior, delator da máfia dos pareceres, citou em depoimento a existência de um possível "esquema de fraudes a licitações e contratos no órgão", com participação de funcionários da Secretaria Técnica e dos gabinetes de Múcio e do ex-ministro Marcos Vinícius Villaça, que se aposentou.
As investigações do TCU vão ficar a cargo da corregedoria.
Nesta terça, o tribunal explicou ter solicitado cópia do inquérito à Polícia Federal para subsidiar os trabalhos. Em nota, adiantou que a conduta de Cyonil e seus respectivos desdobramentos serão objeto de apuração. Na véspera, o tribunal informava que aguardaria "o desenrolar dos fatos" para adotar medidas.
O TCU ponderou que, em encontro com jornalistas na semana passada, policiais da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo disseram não haver servidores ou autoridades de seus quadros sob investigação no âmbito da Operação Porto Seguro.
Cyonil contou à PF ter recebido do ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Rodrigues Vieira, apontado como chefe da quadrilha investigada, oferta de R$ 300 mil para beneficiar a empresa Tecondi em processo do TCU. Ele chegou a receber R$ 100 mil por parecer sugerindo a liberação de áreas do Porto de Santos. No entanto, o TCU deu decisões contrárias à empresa.
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