Acusado de provocar incêndio em base na Antártica vira réu na Justiça
No próximo dia 28, testemunhas serão ouvidas em tribunal de Brasília.
Sargento responderá por homicídio culposo (sem intenção de matar) e dano.
A Justiça Militar de Brasília informou nesta quarta-feira (13) que recebeu a denúncia do Ministério Público Militar (MPM) contra o sargento acusado de ter provocado o incêndio na base da Marinha do Brasil na Antártica, em 25 de fevereiro do ano passado, deixando dois mortos.
Com isso, o sargento passará a ser réu e será julgado pelos crimes de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e dano.
Segundo o Superior Tribunal Militar (STM), no próximo dia 28, o acusado será interrogado e seis testemunhas do processo começarão a ser ouvidas. Como o processo corre em sigilo, a sessão de depoimentos será fechada.
A denúncia
O militar, segundo o MPM, tinha a incumbência de transferir o óleo diesel de um tanque maior para outros dois tanques externos, existentes na Praça de Máquinas, e que alimentavam os geradores da base. O sargento era responsável pelo setor de máquinas da estação e sofreu queimaduras ao tentar apagar as chamas. O G1 não tinha conseguido localizar a defesa do acusado até a publicação desta reportagem.
Além de Luciano, que ficou ferido, outros dois militares morreram no incêndio, que destruiu completamente a base e causou um prejuízo de R$ 24,6 milhões.
A mulher do sargento disse ao G1 em dezembro que o militar não gosta de falar sobre o assunto.
"Não gostamos de ficar lembrando o que ocorreu e nem falar do assunto. A Marinha é que tem que cuidar disso. Eu acredito que meu marido é inocente", afirmou ela ao G1.
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