Registro em cartório de 'trigamia' é 'putaria', afirma psicóloga cristã
A psicóloga Marisa Lobo (foto) ficou indignada com o registro de um contrato por um cartório de Tupã (SP) onde duas mulheres e um homem declaram ter envolvimento emocional entre si, vivendo sob o mesmo teto há três anos.
Marisa Lobo |
Para a “psicóloga cristã”, como ela se apresenta, o nome dessa união é “orgia” e o que o cartório legalizou foi uma “putaria”. Ela disse ter usado essa palavra para se “fazer entender sem falsos moralismos”.
De acordo com o cartório, o trio oficializou a sua união, estabelecendo as mesmas regras de um casamento tradicional, para garantir os direitos de cada um deles e dos filhos, como o de herança. Um deles foi nomeado como administrador dos bens.
Lobo escreveu que, quando tomou conhecimento dessa “trigamia”, teve vontade de pedir “Jesus, volte logo”, porque se lembrou da decadência moral de Sodoma e Gomorra.
“Como membro da sociedade estou chocada, como profissional e militante e pregadora da palavra de Deus quero dar minha contribuição e fazer um alerta”, escreveu.
O alerta da psicóloga cristã é de que os valores estão sendo distorcidos pelos profissionais de uma corrente da psicologia que gera “mais confusões nas mentes das pessoas”, pelos juízes influenciados por essa linha psicológica e pela “mídia que deturpa a informação para nos fazer acreditar que essa loucura seja aceita como normal”.
Lobo disse que a Globo promove a ‘trigamia’ há anos em suas novelas. Deu como exemplo o personagem Cadinho, da novela “Avenida Brasil”, que tem três mulheres e um filho com cada uma delas.
Em um longo texto, ela disse que, “neste cenário de anticristos”, existem heróis, como o deputado João Campos (presidente da Frente Parlamentar Evangélica), o senador Magno Malta, o pastor Silas Malafaia e as pessoas de movimento e entidades que defendem a família, como a CNBB. A íntegra do longo texto da Lobo foi publicada no Verdade Gospel, site do Silas Malafaia.
O tom alarmista da Lobo contrasta com a opinião de especialistas, como a do juiz Nilton Santos Oliveira, de uma Vara de Direito da Família de Araçatuba (SP). Ele disse que não há nada de irregular no contrato firmado pelo trio.
“A sociedade avança e não podemos fechar os olhos para isso", disse. "Temos de acompanhar a evolução e adequar a legislação com base em casos concretos.”
'Psicóloga cristã' critica novela por mostrar evangélica seminua.
junho de 2012
Caso Marisa Lobo.
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