Operadores pedem mais detalhes sobre o plano apresentado pelo governo federal e devem pressionar a EPL a esclarecer seu papel nos projetos
Após a euforia inicial com a perspectiva de uma nova era de investimentos em rodovias e ferrovias, o pacote de privatizações do setor, anunciado em 15 de agosto pela presidente Dilma Rousseff, começa a provocar um movimento de 'ressaca' na iniciativa privada. Os empresários do setor mostram-se desconfiados por acreditarem que o governo ainda não possui detalhamento suficiente de seus planos para apresentar aos investidores – sobretudo no que se refere à malha ferroviária. “Está uma confusão. Não sabemos quem vai arcar com os investimentos na ligação entre as malhas velha e nova”, disse ao site de VEJA um empresário que preferiu não ser identificado.
A criação da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), anunciada às vésperas do pacote de privatizações, foi considerada um marco para o setor. Afinal, desde a extinção do Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes (Geipot), em 1990, nenhum órgão 'pensava' exclusivamente o planejamento logístico do país. “Ficamos muito felizes com a decisão, ainda mais porque a Dilma colocou o Bernardo (Figueiredo) para tocar a EPL, que é uma pessoa muito competente. Todos confiam em sua competência técnica”, comentou outros empresário.
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