Ministro da Justiça diz que espionagem da Abin foi legal
Para José Eduardo Cardozo, monitoramento de funcionários de embaixadas no Brasil é diferente dos casos envolvendo a inteligência americana
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu nesta terça-feira a atuação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no monitoramento de funcionários de embaixadas estrangeiras em missão diplomática no país. Para o ministro, se trata de um caso de contrainteligência, que não guarda nenhuma semelhança com as violações à privacidade de milhares de cidadãos cometidas pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos.
— Vejo situações completamente diferentes e qualquer tentativa de confundi-las me parece equivocada. O que houve em relação ao Brasil e outros países foi uma violação. Mensagens e ligações telefônicas foram violadas, o que afronta a soberania brasileira. Por isso, o Brasil teve uma reação forte. Já no que está sendo chamado de espionagem brasileira, trata-se, na verdade, de contraespionagem. Pelo que li, não houve [por parte da Abin], violação à intimidade ou aos direitos [de ninguém] — disse o ministro.
Sem entrar em detalhes sobre os métodos de monitoramento empregados pela Abin, Cardozo destacou que a ação ocorreu em território brasileiro, sem infringir leis e acordos internacionais.
Com informações da Zero Hora