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segunda-feira, 10 de junho de 2013

TARSO GENRO QUER DEFINIÇÃO DOS PARTIDOS ALIADOS NA BASE

O governador Tarso Genro estabeleceu o final do ano como prazo para que partidos aliados que trabalham com outras alternativas, que não a manutenção do apoio ao PT nas eleições de 2014, decidam sobre sua permanência no governo. Tarso admitiu que a relação com os pedetistas não o preocupa, ao contrário do que acontece com o PSB, partido do ex-secretário de Infraestrutura Beto Albuquerque. 

"Governo não é escritório contábil"
Segundo Tarso, os demais partidos que compõem a base governista podem até ter visões alternativas ao PT em determinadas regiões, mas somente o PSB tem evidenciado uma postura anti-Dilma. “Eu não me preocupo com o PDT porque eles têm feito um movimento transparente e aberto desde o começo. São parceiros altamente qualificados, assim como o PC do B, o PTB e os demais aliados. A relação com o PSB é mais complexa, porque eles começam a aparecer em um cenário nacional com um discurso anti-Dilma.”

Tarso disse esperar que o tema seja esclarecido na reunião da Executiva estadual do PSB, marcada para segunda, às 18h, mas deixou claro que aguarda posição conjunta do partido. “Eu quero continuar com o PSB, mas quem ficar a partir de agora tem que ficar por inteiro. Não tem mais duplo movimento de ‘estou dentro ou estou fora’, como eventualmente pode parecer em determinadas movimentações que são feitas pelo Beto (Albuquerque).”

Tarso declarou ainda que os movimentos anti-Dilma feitos por Eduardo Campos — possível presidenciável do PSB em 2014 e atual governador de Pernambuco —, com o respaldo de Albuquerque, perturbam as relações políticas da sigla no governo estadual. “Como diria o Brizola, eles estão roçando o alambrado para uma aliança com nossos adversários principais que são os tucanos, o que é aceitável. No entanto, seria ingenuidade eu dizer e as pessoas acreditarem que isso não perturba as nossas relações políticas. É claro que perturba.”

"Governo não é escritório contábil"

Tarso Genro afirmou que concorda com uma das principais críticas da oposição ao seu governo: o endividamento. O governador diz que optou por buscar recursos externos, o que aumentou a dívida do Estado, mas, ao mesmo tempo, garantiu investimentos. “Essa é uma das críticas da oposição que eu tenho concordância. Quando eles dizem que nós optamos por um outro caminho, estão totalmente corretos.” 

Ao comentar a linha adotada por sua antecessora Yeda Crusius (PSDB), que cortou gastos para sanear as contas públicas e utilizar o déficit zero como bandeira, Tarso frisa: “Ninguém come déficit zero. Ninguém transita sobre o déficit zero como se fosse uma estrada. Ninguém faz políticas sociais com déficit zero. Ninguém protege a agricultura familiar com déficit zero.”

Segundo o petista, se a visão de evitar endividamento fosse levada adiante sem buscar recursos, o Estado não estaria crescendo hoje, segundo ele, o dobro do Brasil. “Nosso entendimento é que só podemos sair da crise crescendo e investindo, não transformando o governo em um escritório de contabilidade, apresentando apenas essa vantagem abstrata do déficit zero.”

Ainda como defesa do que chama de “visão diferente de desenvolvimento”, ele argumenta que essa postura convém para uma estratégia de longo e médio curso. “Essa postura que assumimos está, inclusive, aumentando a arrecadação”, justifica.


O governador admitiu que o RS tem uma situação financeira estrutural muito ruim e que um dos caminhos para sanar a situação é negociar a dívida com o governo federal. “O primeiro passo foi o refinanciamento de R$ 20 bilhões, e o segundo passo será um projeto que vai voltar no segundo semestre, conforme a presidente já me informou”, disse, referindo-se a proposta do Palácio do Planalto que visa renegociar a dívida dos estados com a União. 


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