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terça-feira, 11 de junho de 2013

GOOGLE NEGA ESPIONAR PARA O GOVERNO DOS EUA

CEOs do Google e do Facebook negam conhecer programa de monitoramento nos EUA

Em uma postagem publicada em seu blog oficial, o Google negou que a empresa participe de um programa que fornece ao governo dos Estados Unidos acesso direto aos dados armazenados nos servidores da empresa.

O CEO do Google, Larry Page, e o diretor jurídico, David Drummond, assinam o texto e afirmam que nunca tinham ouvido falar no programa Prism até recentemente.

O mesmo foi feito pelo CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, em postagem em seu perfil na rede social no início da noite. Zuckerberg também afirmou, categoricamente, que o Facebook não é e nunca foi parte de qualquer programa para fornecer informações ao governo norte-americano ou acesso aos servidores. Ele também diz que, até ontem, não tinha ouvido falar no Prism.

Entenda o caso

O assunto veio à tona depois que reportagens dos jornais The Guardian e The Washington Post mostraram documentos secretos do governo norte-americano que revelam a existência do programa Prism, de monitoramento de telefonemas, redes sociais, sites de buscas, chats e e-mails e outros dados. O Prism surgiu há sete anos, no governo do presidente George W. Bush, foi mantido e expandido na gestão do democrata Barack Obama.

O governo teria acesso livre a dados da empresa de telefonia Verizon e de outros gigantes digitais como Google, Facebook, Yahoo e Apple, para monitorar ameaças terroristas. A existência do Prism foi confirmada na noite de quinta-feira, 6, pelo diretor da Agência de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, James Clapper.

Segundo Mark Zuckerberg, o Facebook nunca recebeu do governo pedidos de acesso a dados em massa, como teria acontecido com a Verizon. “E se tivéssemos [recebido pedidos do governo], nós teríamos lutado contra isso agressivamente”, escreveu.

Transparência

O Google afirma que fornece dados ao governo somente de acordo com a lei e que sua equipe de advogados analisa todos os pedidos que são, inclusive, negados quando as solicitações são muito amplas ou não seguem os procedimentos corretos. O Facebook afirma o mesmo e Zuckerberg diz que continuará a lutar para manter os dados dos usuários seguros.

O episódio levanta um debate sobre transparência, na avaliação dos executivos do Google. Segundo Page e Drummond, a empresa publica em seu relatório de transparência todos os pedidos de acesso a informação recebidos e foi a primeira companhia a abrir essas informações ao público. Em 2012, por exemplo, o Google recebeu 16.407 solicitações de dados de usuários dos Estados Unidos.


O Facebook diz que incentiva os governos a serem transparentes. Segundo Zuckerberg, somente assim seria possível proteger as liberdades civis e criar uma sociedade segura e livre.

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