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terça-feira, 11 de junho de 2013

FRAUDE - OBRAS PÚBLICAS no RS - Desvio de R$ 12 Milhões

PF investiga desvio de R$ 12 milhões em obras públicas no RS
Quatro empresas do setor de engenharia estariam envolvidas na fraude

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira a Operação Paralelo 31-S, que tem o objetivo de desarticular um esquema de desvio de recursos em obras públicas no Rio Grande do Sul. As investigações apontam prejuízo superior a R$ 12 milhões para a União. Os municípios de Arambaré, Bagé, Camaquã, Cachoeirinha, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Santa Maria e Viamão estão entre os investigados na ofensiva que se estende ao Distrito Federal e ao Tocantins. 

As investigações, que contaram com o apoio da Controladoria Regional da União no Rio Grande do Sul, foram conduzidas pela Delegacia de Polícia Federal em Bagé, e iniciaram a partir de informações sobre irregularidades nas obras da Barragem Arvorezinha, naquele município.

Durante as investigações, que se estenderam por aproximadamente um ano, foram identificadas quatro empresas gaúchas ligadas ao setor de engenharia envolvidas no esquema de fraudes em licitações e desvio de recursos públicos, além de crimes ambientais e formação de quadrilha.
A CGU/RS auditou duas obras no Estado, a Barragem Arvorezinha, em Bagé, e o Projeto de Irrigação da Costa Doce, em Arambaré, orçadas em aproximadamente R$ 60 milhões e R$ 74 milhões, respectivamente. Nestes dois empreendimentos, a auditoria da CGU/RS apontou diversas irregularidades, como o superfaturamento de equipamentos hidromecânicos e medições de serviços não executados.

A Justiça Federal de Bagé deferiu o pedido da PF pelo sequestro de bens e valores dos investigados, visando à futura reparação e ressarcimento dos danos ao erário. A partir de informações obtidas nas investigações, o Ministério Público Federal e a Advocacia-Geral da União ingressaram com uma ação civil pública que busca o ressarcimento dos danos, onde foi determinado o embargo das duas obras. 

De acordo com informações da PF, cerca de 150 policiais e oito analistas da Controladoria-Geral da União participam da operação que deseja cumprir 27 mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara Federal da Subseção Judiciária de Bagé. Dois pertencem ao Distrito Federal e outros dois ao Tocantins. Vinte e três devem ser cumpridos em solo gaúcho. 


O nome da Operação, Paralelo 31-S, é uma referência à latitude da cidade de Bagé, local onde as irregularidades foram verificadas. 

Com informações - Correio do Povo


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