Porto Alegre amarga péssimos resultados em pesquisa do Ministério da Saúde divulgada em coletiva de imprensa nesta terça-feira, em Brasília. A capital gaúcha lidera o ranking do número de fumantes no país: cerca de um quarto dos homens (24,6%) e um quinto das mulheres (20,9%) da cidade têm o hábito de fumar.
Cerca de um quarto dos homens (24,6%) e um quinto das mulheres (20,9%) da cidade têm o hábito de fumar. |
A cidade também está na frente quando analisada a quantidade de pessoas que consomem 20 ou mais cigarros por dia: 10,7%. Em contrapartida, a média nacional de fumantes no país é de 14,8%. A frequência é menos da metade do índice de 1989, quando a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN), realizada pelo IBGE, apontou 34,8% de fumantes na população.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, atribui o alto índice de fumantes na Capital à força da indústria de fumo no Rio Grande do Sul.
— Além das questões culturais, a produção de fumo no Rio Grande do Sul faz com que o tabagismo seja maior do que nos outros Estados — considera.
Diante deste cenário, Padilha reforçou a importância da adoção de políticas que restrinjam o fumo, como as restrições à publicidade, e a criação de espaços livres do tabaco. Ele destacou ainda as ações do governo para reduzir o número de fumantes no país, como a proibição de fumódromos e as medidas restritivas ao tabaco, como a proibição de aditivos de sabor.
Quase metade dos brasileiros está acima do peso
Outro dado preocupante para os porto-alegrenses é o excesso de peso na população. Porto Alegre é a capital com maior frequência de pessoas acima do peso ideal (55,4%) e de obesidade entre as mulheres, duas em cada 10 são obesas. A segunda colocada é Fortaleza, com 53,7%. Entre os homens da Capital, 60,7% estão acima do peso ideal. Já entre as mulheres, o índice é de 50,7%.
Porto Alegre é a capital com maior frequência de pessoas acima do peso ideal (55,4%) e de obesidade entre as mulheres, duas em cada 10 são obesas. |
Parte deste resultado pode ser consequência dos maus hábitos alimentares: 42,5% da população declarou beber refrigerante regularmente.
De acordo com o ministério, o excesso de peso e a obesidade aumentaram em todo o país nos últimos seis anos. A proporção de pessoas acima do peso avançou 42,7%, em 2006, para 48,5% em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.
Os dados são da pesquisa Vigitel — Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, que coletou informações nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal em 2011. Realizado desde 2006, o levantamento aborda itens como tabagismo, excesso de peso, consumo alimentar, atividade física e consumo de bebidas alcoólicas, fatores de risco para doenças crônicas como diabetes e hipertensão.
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