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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

SANTA MARIA : PREVIDÊNCIA antes das PROVIDÊNCIAS


Bastaria trocar as letras e muitos males poderiam ser evitados

Trocar o '' O '' pelo '' E '' resolveria : PREVIDÊNCIA antes das PROVIDÊNCIAS


Após tragédia de Santa Maria, a revisão na lei

Enquanto enterra seus jovens mortos no incêndio da boate Kiss, em Santa Maria (RS), o Brasil tenta tomar providências para apurar o caso, punir os culpados e, quem sabe, evitar que outras tragédias como esta se re-pitam no país. Ontem, em visita às famílias que ainda permaneciam velando os corpos das vítimas, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro,disseque irá trabalhar para rever a maneira como são feitas as fiscalizações, além de discutir a legislação sobre o assunto. “Vamos trabalhar com o Ministério Público.

Temos de aproveitar um momento trágico como este para fazer uma revisão na legislação municipal, principalmente o que e quem fiscaliza o funciona-mento dessas casas, e sugerir aos prefeitos que façam essas modificações”, disse Genro. Paralelamente, se desenrolava o processo de prisão dos principais envolvidos com o incêndio. Ontem, pela manhã, a polícia prendeu o dono da boate, Elissandro Calegaro Spohr, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que fazia o show pirotécnico que teria dado início ao incêndio, segundo o delegado Sandro Meinerz, responsável pelo caso. Mauro Hoffmann, sócio da boate Kiss, se apresentou à polícia à tarde.Todos tiveram as prisões temporárias de cinco dias decretadas na madrugada de segunda-feira pelo juiz Regis Adil Bertolin.

Para a senadora Ana Amélia (PP-RS), o episódio também remete a uma necessidade de se rediscutir a maneira como a liberação e a fiscalização de alvarás de funcionamento são feitas. “A lição que fica da tragédia é que, lamentavelmente, é um preço muito caro que nós estamos pagando para aprender que as autoridades precisam ter esse cuidado rigoroso, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, para liberar estabelecimentos que atendem a um público tão grande como esse”, disse a senadora. Já o senador Paulo Paim (PT-RS) pediu ponderação na hora de apontar os culpados pelo acidente. Segundo ele, o melhor é deixar passar o momento da emoção antes de avaliar as melhores formas de prevenir tragédias como esta. “Acho que o momento é de solidariedade total para depois encaminharmos essa discussão ao Congresso para aprimorar a legislação”.

Perplexidade

Ontem era difícil encontrar alguém em Santa Maria que não tivesse perdido um amigo, parente ou conhecido na tragédia. Nos velórios, além de namoradas, mães, pais e irmãos inconformados, vizinhos e amigos demonstravam perplexidade com o episódio. Mais de 100 enterros foram realizados no Cemitério Ecumênico Municipal de Santa Maria. Por todos os lados, o adeus foi marcado por revolta e comoção dos parentes e amigos. As histórias eram quase sempre de jovens na faixa de 20 anos e estudantes da universidade federal e tinham ido se divertir na casa noturna mais badalada da cidade. Além da consternação, a maioria das pessoas também se mostrava confusa com a profusão de boatos e notícias que correm pela cidade — de que não havia extintores de incêndio funcionando na boate e que os seguranças impediram a saída das pessoas por achar que se tratava de uma tentativa de não pagar a conta. ■ Com ABr e Reuters


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