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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Anestesistas da Santa Casa de Pelotas paralisam


Grupo formado por 13 médicos deixa de prestar atendimentos eletivos por causa de salários atrasados
Ilustração
Alegando estar com dois meses de salários atrasados, os 13 anestesistas da Santa Casa de Misericórdia de Pelotas resolveram reivindicar e desde quarta-feira (30) eles estão atendendo somente casos de urgência. Já os pacientes com necessidade de procedimentos eletivos, que normalmente já são demorados, vão ter que esperar mais ainda do que o normal. Pois o protesto só deve terminar quando o grupo de profissionais receber os pagamentos devidos ou entrar em algum acordo com a entidade. O que parece ser um tanto complicado nesse momento.

"Esses atrasos já aconteceram em anos anteriores e nós estávamos tolerando, mas isso cansa", disse, em tom de desabafo, o médico Maurício Goldbaum. "Nós (os anestesistas) também temos contas para pagar no final do mês", reclamou o especialista requisitado em cirurgias ou qualquer processo hospitalar onde é necessário bloquear parcial ou totalmente a sensibilidade ou consciência do paciente por um tempo determinado.

A direção da Santa Casa reconhece a falta de pagamentos aos anestesistas, mas culpa a prefeitura pelo problema, alegando atraso no repasse da verba específica da classe oriunda do governo federal. "O dinheiro já foi liberado em Brasília, não sei por que a Secretaria de Saúde ainda não nos encaminhou", indagou o provedor Roberto Penteado.

A titular da SMS, Arita Bergmann, rebateu as insinuações da provedoria e disse não entender o posicionamento da entidade. Segundo ela, o único repasse atrasado é o relativo ao serviço de hemodiálise, do setor da nefrologia. Ainda assim, na quinta a Secretaria conseguiu vencer todos os trâmites burocráticos, já fez os dois empenhos necessários e nesta sexta os cofres da Santa Casa devem receber R$ 486 mil.

E o PSP?
Aproveitando o movimento iniciado na Santa Casa, Goldbaum também expôs a situação do Pronto-Socorro de Pelotas (PSP). De acordo com ele, por lá os anestesistas também estão sem receber há dois meses e só não paralisam devido ao teor emergencial do atendimento no local. De qualquer forma, corre o risco de "ninguém mais querer trabalhar para atender o PSP". Sobre esta situação, Arita se mostrou surpresa. Afirmou não ter conhecimento sobre atrasos nos pagamentos, mas prometeu ir atrás das informações para evitar qualquer percalço no futuro.

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