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terça-feira, 13 de março de 2012

APAE e Alfredo Dub : “A situação se tornou insustentável.”


Por: Diego Queijo
diego.queijo@diariopopular.com.br

“A situação se tornou insustentável.” A frase é do presidente da diretoria executiva da Escola Especial Professor Alfredo Dub, Francisco Silva. Sem o convênio com a Secretaria de Educação e Desporto de Pelotas (Smed) assinado e sem o repasse da verba para as despesas e o pagamento de funcionários, duas das quatro escolas especiais da cidade - Alfredo Dub e Associação de Pais Amigos Excepcionais (Apae) - permanecem sem funcionar desde o início desta segunda-feira (12).

Em assembleia ocorrida na Alfredo Dub, foi definida a realização de ato público para terça, às 9h, em frente à prefeitura. Atualmente a escola carece de cinco educadores para completar o quadro docente. O objetivo da reunião desta segunda foi repassar a realidade vivenciada pela escola aos funcionários e aos pais dos 240 alunos que dependem dela.

Situação crítica
A maior parte dos 58 trabalhadores da Alfredo Dub está sem receber o salário há cerca de três meses. A diretora da escola, Marli Schulz, afirma que para manter os serviços de luz e telefone, a instituição conta com doações da comunidade. Segundo o presidente do educandário especial, o orçamento anual da instituição gira em torno de R$ 1 milhão, mas os recursos não cobrem nem 50% desse valor, por isso, as doações realizadas pela sociedade são fundamentais.

De acordo com o chefe de gabinete da Smed, Neiff Satte Alam, a demora na liberação da verba ocorreu devido às discrepâncias dos valores pedidos pelas instituições e os propostos pela prefeitura. Em 2011, o governo municipal pagou às quatro escolas especiais da cidade R$ 1.458.485,90. Segundo ele, em 2012 o valor chegará a R$ 1.540.598,70. Um aumento de R$ 82.112,74 com relação ao ano passado.

O titular da Smed, Ademar Ornel, afirma que o contrato do convênio já foi elaborado e que aguarda pela assinatura das entidades e do prefeito. Ainda de acordo com Ornel, na terça deve ocorrer o pagamento da primeira parcela às escolas. Já sobre a falta de professores, o secretário afirma que foram destinados 13 profissionais à escola Alfredo Dub e não há possibilidade no momento de ceder mais gente.


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