A comunidade artística promete mobilização ainda mais forte |
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Palmas e um apelo em uníssono: “Queremos Sete de Abril, queremos Sete de Abril”. Foram as palavras mais pronunciadas nesta quinta-feira (15) no final da tarde, em ato de protesto pelos dois anos de interdição do Theatro Sete de Abril. Atores, bailarinos, músicos, diretores, produtores culturais e o público em geral fizeram longa fila em frente à construção inaugurada em 1833 e ganharam adesão dos motoristas. Formou-se um buzinaço. O novo encontro já ficou agendado: será no sábado, 7 de abril. E a comunidade artística promete mobilização ainda mais forte.
Em 15 de março de 2010, por determinação do Ministério Público Federal (MPF), as portas do Theatro Sete de Abril foram cerradas. Um laudo apontava o comprometimento do telhado e também da estrutura de alvenaria. Disparava, então, o cronômetro. O Executivo levou um ano e meio para finalizar o projeto executivo de restauração e encaminhar o material ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2 de setembro de 2011. Os técnicos do Iphan, por sua vez, estão há mais de seis meses com o projeto e só agora devem oficializar o parecer.
Em entrevista com o Diário Popular nesta terça, entretanto, a arquiteta urbanista Candice Ballester adiantou que a prefeitura terá de realizar diagnóstico do estado de conservação da estrutura do telhado; um levantamento detalhado, peça a peça.
Em ambos os casos, Executivo e Iphan, usam a complexidade do projeto - que irá restaurar e modernizar o Sete de Abril - como argumento para justificar a demora. Um tempo que angustia quem espera por respostas e por ter de volta a principal casa de espetáculos à produção local, devido ao tamanho e aos valores de locação.
Explicações
Em ofício, com data de quarta, o prefeito Fetter Júnior (PP) solicitou atenção especial na análise e na liberação dos projetos ao presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida. Na manifestação, como contraponto à articulação da comunidade artística, o superintendente de Cultura, Mogar Xavier, garantiu que o uso de estrutura em ferro no telhado teria sido autorizado em documento assinado pela arquiteta do Iphan, Ana Beltrame, em junho de 2010.
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