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quinta-feira, 15 de março de 2012

Argentina legaliza aborto em caso de estupro


Vítimas de violência sexual 
terão direito a interromper gravidez, 
segundo decisão da Suprema Corte do país

Do Primeiro Jornal pauta@band.com.br

A Suprema Corte da Argentina legalizou o aborto para mulheres vítimas de estupro. De acordo com a decisão, os médicos não devem pedir autorização judicial prévia, bastando um documento oficial que comprove o abuso. O mais alto tribunal do país tomou a posição ao analisar o caso de uma jovem de 15 anos, violada pelo padrasto. 

Organizações que defendem a legalização do aborto comemoraram a decisão. No entanto, a Igreja Católica argentina, de muita influência no país, criticou a medida. 

Nos demais casos, o aborto continua proibido na Argentina, mas a decisão da Suprema Corte reacende a polêmica em torno de mudanças na lei. 

O país tem uma das políticas sociais mais liberais da América Latina com a permissão, incluindo a existência do casamento gay, mas a discussão sobre interrupção de gravidez está parada no Congresso. 

A presidente Cristina Kirchner afirmou diversas vezes que é contra a legalização. A estimativa é que 520 mil mulheres se submetam a abortos clandestinos anualmente na Argentina.


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