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segunda-feira, 12 de março de 2012

Ditadores e sedutores : livro revela intimidades


RIO — Fidel Castro se divertindo com tanques de guerra de brinquedo. Aiatolá Khomeini limpando o banheiro de casa. Um Saddam Hussein que, confirmando o ditado, preferia as loiras. Esses são alguns dos curiosos relatos que a escritora belga Diane Ducret faz no livro “Femmes de dictateur 2” (Mulheres de ditadores, em tradução livre), lançado recentemente na Europa.
O primeiro volume do livro, focado nos líderes comunistas e fascistas das décadas de 30 e 40, vendeu 100 mil exemplares na França, segundo o site do jornal “Le Figaro”. A continuação recém-lançada explora a vida de seis líderes da História contemporânea. Além de Fidel, Khomeini e Hussein, o livro expõe a intimidade do ex-presidente da Sérvia Slobodan Milosevic, do estadista norte-coreano Kim Jong-Il, morto em 2011, e até do terrorista Osama bin Laden.

Uma reportagem do jornal espanhol “El País” relata alguns dos melhores momentos do livro. Entre eles, uma cena digna de filme, protagonizada por Ava Gardner e pela então favorita de Fidel, a jovem Martina Lorenz. A estrela de Hollywood havia se mudado para Havana logo após a revolução de 1959, quando abordou Martina na rua e lhe deu um tapa na cara. Segundo a ex-amante do líder cubano, Ava teria lhe perguntado “se ela era a vadia que estava com Fidel”.

O sucesso de Fidel com as mulheres não lhe rendeu apenas manifestações de cíúmes. Em outra ocasião, chegou a colocá-lo em perigo. A mesma Martina atacada por Ava Gardner foi obrigada pelo ditador a abortar e a ir para os Estados Unidos em seguida. Anos depois, com sede de vingança, ela regressou a Cuba como espiã da CIA. Segundo a autora, a agência de inteligência americana lhe ofereceu US$ 2 milhões para envenenar Fidel, que a esta altura, já era uma pedra no sapato de Washington. No entanto, a espiã viu sua missão fracassar no reencontro com Fidel — o amor acabou falando mais alto, e o veneno que deveria dar fim a um dos maiores inimigos do EUA foi parar no vaso sanitário.

Outro que foi disputado entre as mulheres foi Saddam Hussein, que dominou o Iraque por mais de 20 anos seguidos. Hussein gerou uma crise familiar quando resolveu arrumar uma segunda esposa. O iraquiano apaixonou-se perdidamente pela loira e xiita Samira, o que fez com que a sua companheira de longa data, Sadija, fosse deixada de lado. Sadija até tentou reconquistar o marido pintando os cabelos de loiro platinado, mas de pouco adiantou. Para compensar a falta de atenção, tornou-se uma gastadora compulsiva — frequentava assiduamente as lojas mais sofisticadas de Nova York. O triângulo amoroso teve um desfecho infeliz: com sunitas e xiitas em conflito, Saddam foi obrigado a mandar Samira para fora do país.

Já a primeira esposa de Bin Laden, Nadjwa, mãe de cinco filhos, aguardou ansiosamente o fim da guerra no Afeganistão contra a invasão russa, convencida de que o marido depois voltaria a dedicar-se aos negócios e à vida familiar. Mal sabia ela quais seriam os seguintes planos do marido. Quem também sofreu foi a atriz norte-coreana Song Hye-rim, obrigada a aguentar a infidelidade do líder supremo Kim Jong-il.

Uma ausência sentida no livro é a do líbio Muamar Kadafi, morto no ano passado durante os conflitos da Primavera Árabe. Já foi revelado que ele era vaidoso e viciado em viagra. Um dos ex-assistentes de Kadafi chegou a afirmar que ele mantinha relações com várias mulheres diferentes, em especial as suas guardas-costas. O ditador também nutria uma estranha admiração pela ex-secretária de Estado americana Condoleezza Rice. Um álbum com fotos da antecessora de Hilary Clinton foi encontrado no bunker de Kadafi em Bab al-Azizia. Numa entrevista à emissora Al-Jazeera, em 2007, o líbio já havia declarado o seu amor por Condoleezza, que prefeira chamar de "Leezza".

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