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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

REITOR BROD - ''Educação fundamental federalizada''

“Eu defendo a educação fundamental federalizada”, diz Antônio Carlos Barum Brod
O reitor Antônio Carlos Barum Brod prepara-se para deixar o cargo - Roberto Dias - Especial DP
Em entrevista do Diário Popular, o reitor falou do desafio que foi migrar o antigo Cefet para Instituto Federal Sul-Rio-Grandense

Por: Vinícius Waltzer
vinicius@diariopopular.com.br

Após oito anos à frente do IFSul, o reitor Antônio Carlos Barum Brod prepara-se para deixar o cargo. Em entrevista do Diário Popular, ele falou do desafio que foi migrar o antigo Cefet para Instituto Federal Sul-Rio-Grandense e do sonho de ser deputado.

Diário Popular: A gente queria começar falando um pouco de uma história que é peculiar. Tu começastes como aluno da Escola Técnica Federal e vais sair como reitor. Pessoalmente, o que significou isso pra ti?

Brod: Esse ponto, eu tenho pra mim que é raiz de tudo. Eu entrei na escola, tinha 14 para 15 anos, como aluno. Fiz o curso de Telecomunicações na época, depois saí e fui trabalhar no Rio de Janeiro, na Telerj. Eu me formei no curso de Telecomunicações e em março de 79 eu retorno a Pelotas, já a convite de um professor pra assumir uma cadeira no curso. Tinha feito muitas especializações naquela área e dali em diante eu nunca mais saí da instituição. Eu, de professor do curso de Telecomunicações e Eletrônica, assumi a coordenação pedagógica do curso de Eletrônica, assumi posteriormente a coordenação pedagógica das Ciências da Natureza e Tecnologias. E sempre fui escolhido pelos pares para participar de comissões e conselhos e aquilo foi me dando, credenciando assim, um envolvimento com a própria instituição, sindicatos e tudo mais. Ainda à época o professor Kruger me convidou pra assumir a diretoria de Recursos Humanos e acho que ali se deu o grande salto na questão maior da instituição, porque ali eu comecei a colocar em prática aquelas políticas que eu entendia interessante dentro da educação, principalmente na rede federal. Sempre tive muito forte esse espírito assim da coisa pública, e trabalhar com as pessoas, realmente, valorizar essa questão das pessoas.

A partir dali me lancei candidato do então Cefet, fui eleito, depois fui reeleito ainda diretor geral e aí, já dentro da expansão, já nesse momento da expansão, quando se muda o desenho e a concepção da instituição, no caso, passam a existir os institutos federais, eu sou guindado a reitor e termino meu segundo mandato como reitor. Então é uma história muito bonita porque ela é muito verticalizada. É uma história que eu enxergo como se fosse hoje o dia que eu cheguei lá pra prestar o vestibular. Nunca imaginei que isso pudesse acontecer comigo. Eu sempre trabalho muito o dia de hoje. E entrar como aluno, participar de todas as modificações que a instituição passou ao longo desses quase 40 anos e estar em todos os segmentos da instituição, como aluno, como professor, como gestor em áreas distintas e chegar ao cargo maior, isso pra mim foi uma vivência espetacular. Tive a honra de ser o primeiro ex-aluno eleito com voto direto, porque até a minha eleição ainda se praticava o sistema de lista tríplice.



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