Ao deixar a cadeia, Cachoeira faz ameaças: "Sou o Garganta Profunda do PT"
Correio Braziliense
O bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi colocado em liberdade ontem por volta das 18h45, por meio de um habeas corpus expedido pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) Tourinho Neto. O contraventor estava preso em Goiânia desde a última sexta-feira, depois de ter sido condenado pela Justiça Federal a uma pena de mais de 39 anos. Cachoeira foi considerado o líder do esquema de corrupção e de exploração de jogos ilegais em Goiás e no Entorno que deu origem à Operação Monte Carlo, desencadeada em 29 de fevereiro pela Polícia Federal. Ao deixar o Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia, ele prometeu fazer “revelações” nos próximos dias.
“Sou o Garganta Profunda do PT”, afirmou o contraventor, numa referência ao personagem mais importante do escândalo de espionagem Watergate, durante a década de 1970, nos Estados Unidos, que culminou na renúncia do então presidente, Richard Nixon.
Tourinho Neto considerou que Cachoeira só precisaria voltar para a prisão se tivesse outro mandado expedido contra ele. “No nosso ordenamento jurídico, não existe prisão preventiva quantificada em tempo”, argumentou Tourinho Neto, discordando do juiz da 11ª Vara Federal de Goiânia, Alderico Rocha Santos, autor da sentença contra o bicheiro e quem determinou que ele voltasse para a cadeia. Na decisão de ontem, o desembargador do TRF-1 alegou também que a nova detenção do contraventor só pode ser decretada, conforme o artigo 312 do Código de Processo Penal, para “garantir a ordem pública e a ordem econômica”, entre outros argumentos.
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