PT recorre nesta sexta-feira contra reprovação de contas
Presidente do PT - Rui Falcão |
Juiz eleitoral questionou despesa com empresa de ‘aloprado’
SÃO PAULO — O diretório municipal do PT ingressará nesta sexta-feira com recurso no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) para reverter decisão que suspendeu por quatro meses o acesso da sigla aos recursos do Fundo Partidário.
Quarta-feira, o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 6ª Zona Eleitoral, desaprovou a prestação de contas do diretório municipal. Entre as irregularidades verificadas pelo magistrado, houve a omissão de documento que comprovaria a oferta de serviço, no valor de R$ 30 mil, da empresa Caso Sistemas de Segurança, ligada a Freud Godoy, apontado por Marcos Valério como intermediário no repasse de dinheiro do mensalão para pagamento de despesas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente e Freud negam as acusações.
No recurso, a defesa alegará que o representante da empresa de segurança patrimonial, que trabalha para o partido, equivocou-se ao preencher documento, entregue à Justiça Eleitoral, voltado a prestadores de serviços para campanhas eleitorais. Segundo a direção da legenda, isso explicaria o fato de a empresa não ter sido citada na prestação de contas do diretório municipal.
— O partido tem toda a documentação mostrando que o contrato começou em janeiro, é contínuo, pago mês a mês e não tem nenhum relação com a campanha eleitoral — afirmou o advogado do PT, Fernando Neisser.
Haddad também recorrerá
A defesa do partido também irá recorrer de decisão do mesmo juiz que desaprovou as contas do prefeito eleito, Fernando Haddad. Entre as suspeitas, há o pagamento à empresa Polis Propaganda & Marketing Ltda., do marqueteiro João Santana. Segundo ele, a empresa recebeu durante a disputa eleitoral 30% do valor contratado, R$ 30 milhões. Na véspera do segundo turno, emitiu de uma vez só 21 notas fiscais, no valor de R$ 1 milhão cada. No recurso, a defesa alegará que a divisão do valor foi feita para facilitar o pagamento da dívida no decorrer da campanha eleitoral.
A campanha do petista terminou com uma dívida de R$ 26 milhões.
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