Rodoviários querem a revogação da nova tarifa pela prefeitura
Os trabalhadores continuam mobilizados em frente às empresas e nenhum ônibus saiu das garagens para atender a população
Por: Luciara Schneid
luciara@diariopopular.com.br
No terceiro dia da greve do transporte coletivo de Pelotas, os trabalhadores continuam mobilizados em frente às empresas e nenhum ônibus saiu das garagens para atender a população. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pelotas (STTRP), Éder Blank, disse neste sábado (7) que motoristas e cobradores querem a revogação da nova tarifa para voltar à trabalhar. “Isso já aconteceu em 2010, e se for revogada pelo prefeito Fetter, nós voltamos a trabalhar”. ressaltou.
Desde a meia-noite do último domingo, a passagem de ônibus em Pelotas foi reajustada de R$ 2,55 para R$ 2,75. Apesar de o pedido dos empresários do setor ser de uma tarifa de R$ 2,85, o aumento concedido pelo município tomou por base a planilha de custos analisada pela prefeitura, que levou a uma tarifa de R$ 2,7692.
NOTA da Secretaria de Trasnporte Segurança e Trânsito de Pelotas
Secretário Flávio Gastaud |
Levando em consideração a paralisação iniciada nesta última quarta-feira(12) pelos empregados do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário, o Município de Pelotas, por intermédio da Secretaria de Segurança, Transporte e Trânsito(SSTT), surpreendido com a precipitada medida, esclarece à população pelotense que atendeu à determinação prevista na Lei nº 5.854/11, e reajustou as tarifas do transporte coletivo, a partir do dia 09/12.
Assim, a deflagração da greve, decorrente de decisão tomada em assembleia, parece extremada, porque as pequenas divergências ainda existentes entre a pretensão dos trabalhadores e a proposta dos empregadores poderiam ter sido superadas com a continuidade das negociações desenvolvidas, o que evitaria os evidentes transtornos e prejuízos enfrentados pelos quase cem mil usuários diários do transporte coletivo de Pelotas.
Dessa forma, tendo em vista que é inviável, pelas suas danosas consequências, aguardar o desfecho judicial do dissídio, o Município apela aos envolvidos que retomem as negociações e suspendam, imediatamente, a paralisação, como uma medida de reconhecimento aos sacrifícios e prejuízos evidenciados pelas pessoas e pela economia local, sobretudo neste período de final de ano, em que há o aumento da necessidade e utilização deste importante meio de transporte.
Pelotas, 13 de dezembro de 2012.
FLÁVIO LUÍS GOMES DA SILVA GASTAUD,
SECRETÁRIO DA SSTT